Na noite do último dia 01, em Solene Celebração Eucarística, Dom João Santos Cardoso, bispo diocesano de Bom Jesus da Lapa, celebrou a festa em honra ao glorioso São José Operário, padroeiro da Paróquia de Serra do Ramalho (BA). A novena de São José é uma expressão de fé da comunidade paroquial daquela cidade. Grande parte do povo de Deus participou e contribuiu para que a festa fosse realizada. Através da condução do Pe. Raimundo (Pároco), Pe. Gustavo (Vigário) e Pe. Paulo (Vigário), Missionários Lazaristas, a comunidade pôde festejar e rezar pedindo a intercessão de São José. Na missa festiva, também o Pe. Waldo (C.M.) que já ajudou à paróquia nos anos anteriores, se fez presente, bem como as religiosas que ajudam à Paróquia, as Franciscanas Alcantarinas, e outras irmãs, as Mensageiras do amor divino, Franciscanas de Alegany e Irmãs Ministras dos enfermos de São Camilo.
Pio XII instituiu a festa de “S. José operário”, para dar um protetor aos trabalhadores e um sentido cristão à “festa do trabalho”. Uma vez que todas as nações celebram tal festa a 1º de maio. A celebração é uma Memória facultativa. A figura de S. José, o humilde artesão de Nazaré, orienta para Cristo, Salvador do homem, Filho de Deus, que participou em tudo da condição humana (cf GS 22:32). Destarte, é afirmado antes de tudo que o trabalho dá ao homem o maravilhoso poder de participar na obra criadora de Deus e de aprimorá-la; que ele possui autêntico valor humano. O homem moderno tomou consciência deste valor, ao reivindicar o respeito aos seus direitos e à sua personalidade.
A Igreja “batiza” hoje a festa do trabalho para proclamar o real valor do trabalho, aprovar e bendizer a ação das classes trabalhadoras na luta que, em alguns países, prosseguem para obter maior justiça e liberdade. Fá-lo também para pedir a todos os fiéis que reflitam sobre os ensinamentos do Magistério eclesiástico nestes últimos anos (Mater et Magistra de João XXIII e Populorum Progressio de Paulo VI, por exemplo).
Nesta “festa do trabalho”, sob o patrocínio de S. José operário, reunimo-nos em assembleia eucarística, sinal de salvação, não para pôr a Eucaristia a serviço de um valor natural, mesmo nobilíssimo, mas porque Deus, que trabalhou na criação “durante seis dias” (Gn 1-2), acrescenta à sua obra o “sétimo dia” para criar um mundo novo (Jo 5,17) e porque essa nova criação, na qual colaboram os que se tornaram filhos de Deus, se efetiva principalmente pela Eucaristia. A Eucaristia encontra seu lugar numa festa do trabalho, porque esta revela ao mundo técnico o valor sobrenatural de suas buscas e iniciativas. Este “novo” trabalho, destinado a estabelecer a nova criação, obedece às leis naturais de todo trabalho, mas é consumado “em Cristo Jesus”, que nos faz filhos de Deus sem nos tirar de nossa condição de criaturas. Falando de um trabalho realizado “por Deus” (cf Jo 6,27-29; Cl 3.23-4 1 1Cor 10,31-33), ou em “ação de graças” a Deus, o Novo Testamento pede insistentemente que o trabalho humano reflita já o espírito do “mundo novo”, mediante a caridade e o sentido social que o deve animar (cf At 18,3; 20,33-35; Ef 4,28). Nossa participação na Eucaristia, enquanto nos permite colaborar mais e melhor no trabalho iniciado por Deus para criar o mundo novo, santifica a contribuição que damos ao trabalho humano, ensinando-nos que isso é colaboração com a ação criadora de Deus e que o verdadeiro objetivo de todo trabalho é a construção do novo Rei no (cf GS 33-39; 57-72).