Formação com os Secretários Paroquiais e responsáveis por pastorais que lidam com crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis

No dia 27 de Maio, pela manhã, aconteceu no CTL a primeira formação com os secretários paroquiais e responsáveis por pastorais que lidam com crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis, e contou com a participação de nosso bispo diocesano Dom João Santos Cardoso e com as profissionais: Claudia Gonçalves – Advogada e Ir. Heloísa Cristina – Neuropsicóloga Clínica.

A mesa redonda foi sobre o tema: Proteção de crianças e vulneráveis nos espaços eclesiais.  Iniciou-se a manhã com a oração e em seguida, Dom João explanou as orientações eclesiais, as leis canônicas a respeito, e falou sobre o delito contra o sexto mandamento. Na sequência, a Dra. Claudia discorreu sobre a parte jurídica, lembrando o estatuto da criança e do adolescente, no que se refere à violência contra o menor. Relembrou o DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, 18 de maio de 1973 na cidade de Vitória/ES onde uma CRIANÇA, Aracéli Cabrera Crespo, com 8 anos de idade, desapareceu no caminho de volta da escola para sua casa. Seis dias depois, ela foi encontrada num matagal com o corpo desfigurado, sinais de estupro, drogada, morta e carbonizada. A Lei Federal nº. 9.970/2000, instituiu o dia 18 de maio como o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Ir. Heloísa Cristina falou sobre: O ABUSADOR SEXUAL INFANTIL:

É quando um adulto ou um adolescente mais velho usa a criança ou adolescente mais novo no intuito de obter prazer sexual. Dos TIPOS DE ABUSO SEXUAL:

INTRAFAMILIAR

Ocorre quando o carinho, de forma sexual, é feito entre os membros da família onde possuem laços afetivos; A violência se torna um segredo familiar no qual a vítima se cala e os demais “se negam” a enxergar a realidade. Intrafamiliar: Normalmente ocorre na residência da vítima e/ou do abusador. 90% das vítimas são abusadas por pessoas que CONHECEM, CONFIAM E AMAM.

EXTRAFAMILIAR

Usualmente cometido por pessoas desconhecidas da vítima ou sem vínculo afetivo nem de parentesco com ela. (Caso Araceli).  Normalmente ocorre em lugares públicos, abertos.

FORMAS DE ABUSO SEXUAL INFANTIL:

SEM CONTATO FÍSICO: Expor a vídeos pornográficos; Expor a imagens pornográficas; O abusador expor seu corpo para a vítima ficar olhando. Assédio Sexual;

COM CONTATO FÍSICO: Fazer carícias/estímulos nas partes íntimas (pênis, vagina, ânus); Masturbar a vítima; Fazer com que a vítima masturbe o abusador; Praticar relação sexual com a vítima; Sexo oral; Sexo anal.

EXPLORAÇÃO SEXUAL:

É quando crianças e adolescentes são usados sexualmente com a intenção de se obter lucro ou benefício de qualquer espécie.

FORMAS DE EXPLORAÇÃO SEXUAL:

Pornografia infantil, Comercialização; Turismo sexual infantil.

SINAIS DE ALERTA!

Quando uma criança ou adolescente sofre abuso sexual, elas emitem conjuntos de sinais físicos e/ou psicológicos demonstrando ter sofrido, ou estar sofrendo a violência sexual.

CONSEQUÊNCIAS NA VIDA ADULTA:

 Dificuldade em manter relações de intimidade; desconfiança excessiva em outros adultos (principalmente do mesmo sexo do agressor); disfunções sexual, como dor, desconforto ou ausência de desejo sexual; medo e nojo em relação ao sexo oposto, mesmo que dentro de uma relação estável e segura; repulsa ao toque de qualquer pessoa; hipervigilância; depressão e ansiedade. Os impactos do abuso sexual infantil perduram durante a vida adulta. Mulheres que foram abusadas apresentam várias dificuldades em situações corriqueiras do cotidiano. Mesmo que elas não se lembrem de terem sido abusadas, pois reprimiram essa lembrança, desenvolvem alguns sintomas característicos.

Sinais de Alerta comuns nas 3 fases:

Pesadelos; depressão; retraimento; dificuldade em confiar nas pessoas: comportamento agressivo; vítima toma vários banhos durante o dia, pois se sente suja.

COMO PREVENIR?

A principal ferramenta de proteção a ser oferecida a uma criança é a INFORMAÇÃO. A criança/adolescente precisa saber o que é o abuso sexual para se prevenir ou pedir ajuda caso esteja sofrendo a violência, ou conheça alguém que esteja.

Uma criança vítima de abuso sexual muitas vezes não tem noção da violência sofrida, ela em sua inocência às vezes imagina ser somente um carinho feito por alguém que ama, nada mais.

Com os ADOLESCENTES é possível ter uma conversa por meio de palestras, informação/orientação. Os adolescentes de hoje exigem que se tenha um perfil voltado a eles, e mais do que dominar o conteúdo é preciso usar a linguagem deles.

Fonte:  Livro Infância Violada.

Euller Sacramento & Flávia Azevedo, 2022.

Texto: Ir. Heloísa Cristina (Congregação das Mensageiras do Amor Divino)

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